OS DESEQUILIBRIOS REGIONAIS DA SOCIEDADE TECNICO CIENTIFICA
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OS DESEQUILIBRIOS REGIONAIS DA SOCIEDADE TECNICO CIENTIFICA
Um dos traços mais marcantes da sociedade brasileira diz respeito às grandes desigualdades socioeconômicas que caracterizam seu território. Esses contrastes, embora estejam assustadoramente disseminados no contexto dos grandes centros urbanos, também se constituem em alvo de preocupação e de políticas públicas quando vistos do ponto de vista regional.
Convive-se, assim, há décadas, com informações que revelam as grandes disparidades de desenvolvimento existentes entre as grandes macrorregiões brasileiras. Apesar do crescimento econômico relativo verificado nos últimos 30 anos, os indicadores das condições sociais das regiões tradicionalmente menos desenvolvidas (Nordeste, Norte e Centro-Oeste) são ainda extremamente preocupantes.1
As diferenças na distribuição regional dos recursos científicos e tecnológicos são também muito acentuadas. Basta salientar, por exemplo, que 82% dos grupos atuantes em pesquisa, no país, estão nas Regiões Sudeste e Sul.2 A base técnico-científica instalada no Brasil tem, assim, sua expressão mais potente nessas duas regiões, para onde é canalizado a maior parte dos investimentos em ciência e tecnologia realizados pelo Estado brasileiro.
Os efeitos negativos dessa concentração excessivamente desproporcional, todavia, não têm sido ignorados. Ao contrário, desde a década de 70, o Estado brasileiro tem procurado intervir com ações regionais para transformar essa realidade tão heterogênea. Entretanto, os resultados alcançados são ainda inexpressivos, pois, além da debilidade das intervenções, o problema tornou-se mais complexo no contexto da economia globalizada.
De fato, se, por um lado, a relevância que a capacitação técnico-científica passou a ter como vetor básico de competitividade e desenvolvimento no novo ciclo de desenvolvimento capitalista, acarretou tomada de consciência mais ampla sobre as conseqüências negativas dessas diferenciações, determinando maior mobilização política e iniciativas mais locais em torno da questão, por outro, o próprio processo de produção do conhecimento, ao se tornar mais competitivo, vem sofrendo significativas transformações na sua organização social que, conforme observa Gibbons (1994), podem contribuir para ampliar as desigualdades existentes no contexto contemporâneo.
Diante dessa realidade tão complexa, na qual os Estados nacionais continuam a desempenhar um papel crucial no encaminhamento da questão, as intervenções com maiores chances de atenuar ou mesmo reverter a problemática dependem, entre tantos fatores, de um grande esforço de planejamento que possa desencadear, além de ações coerentes com cada realidade específica, uma administração de políticas públicas articuladas, de uma exploração criativa de potencialidades e naturalmente de investimentos maçicos bem direcionados
JAMILLE E PRISCILA AGUSTINHO 3ºD
FONTE DE PESQUISA
www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102...script
Convive-se, assim, há décadas, com informações que revelam as grandes disparidades de desenvolvimento existentes entre as grandes macrorregiões brasileiras. Apesar do crescimento econômico relativo verificado nos últimos 30 anos, os indicadores das condições sociais das regiões tradicionalmente menos desenvolvidas (Nordeste, Norte e Centro-Oeste) são ainda extremamente preocupantes.1
As diferenças na distribuição regional dos recursos científicos e tecnológicos são também muito acentuadas. Basta salientar, por exemplo, que 82% dos grupos atuantes em pesquisa, no país, estão nas Regiões Sudeste e Sul.2 A base técnico-científica instalada no Brasil tem, assim, sua expressão mais potente nessas duas regiões, para onde é canalizado a maior parte dos investimentos em ciência e tecnologia realizados pelo Estado brasileiro.
Os efeitos negativos dessa concentração excessivamente desproporcional, todavia, não têm sido ignorados. Ao contrário, desde a década de 70, o Estado brasileiro tem procurado intervir com ações regionais para transformar essa realidade tão heterogênea. Entretanto, os resultados alcançados são ainda inexpressivos, pois, além da debilidade das intervenções, o problema tornou-se mais complexo no contexto da economia globalizada.
De fato, se, por um lado, a relevância que a capacitação técnico-científica passou a ter como vetor básico de competitividade e desenvolvimento no novo ciclo de desenvolvimento capitalista, acarretou tomada de consciência mais ampla sobre as conseqüências negativas dessas diferenciações, determinando maior mobilização política e iniciativas mais locais em torno da questão, por outro, o próprio processo de produção do conhecimento, ao se tornar mais competitivo, vem sofrendo significativas transformações na sua organização social que, conforme observa Gibbons (1994), podem contribuir para ampliar as desigualdades existentes no contexto contemporâneo.
Diante dessa realidade tão complexa, na qual os Estados nacionais continuam a desempenhar um papel crucial no encaminhamento da questão, as intervenções com maiores chances de atenuar ou mesmo reverter a problemática dependem, entre tantos fatores, de um grande esforço de planejamento que possa desencadear, além de ações coerentes com cada realidade específica, uma administração de políticas públicas articuladas, de uma exploração criativa de potencialidades e naturalmente de investimentos maçicos bem direcionados
JAMILLE E PRISCILA AGUSTINHO 3ºD
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